quarta-feira, 3 de março de 2010

Vivendo bem o seu papel (1): Filhos

Olá!

Hoje daremos início a uma série de postagens referentes aos vários aspectos das nossas relações.

Chamaremos estes aspectos de papéis, mas ao contrário do que se possa pensar, não se trata de personagens interpretados, e sim de tipos diferentes de relacionamentos, desejavelmente autênticos, que temos com pessoas diversas.

O primeiro papel que discutiremos será o de filho, por ser o primeiro relacionamento experimentado na vida de cada um.

No relacionamento com nossos pais, muitas vezes ocorrem discussões e conflitos de interesses, o que frequentemente torna esta convivência demasiadamente complicada.

Na mente dos filhos, se passam idéias como “Meus pais não me entendem” e “Meus pais são muito antiquados”.

Sugiro que, antes de criticar ou reclamar dos pais, nos façamos as seguintes perguntas:

- Conheço as experiências pelas quais meus pais passaram para me dar estes conselhos?

- Como é que eu trataria um filho da minha idade se eu tivesse sido criado na época e da forma que meus pais foram criados, e tivesse passado pelas experiências deles?

- Estou pensando somente no que eu quero ou estou pensando nas consequências posteriores e nos motivos pelos quais estou sendo repreendido/aconselhado?


A idéia principal que quero deixar neste texto é: Coloque-se no lugar do outro. Este conselho servirá para muitas situações, e provavelmente devo voltar neste assunto em postagens futuras.

A partir deste pensamento, faço uma nova e importante sugestão: Para viver bem, como filhos, busque atitudes que fariam seus pais orgulhosos de você. Para isso, é indispensável se imaginar no lugar deles.

Lembre-se de quando era criança, e seu pai dizia “vai, meu filho, você consegue!”, ou então, depois de você fazer um desenho ou realizar alguma proeza, sua mãe mostrava pra todo mundo dizendo “olha o que meu filho fez!”.

Lembre-se da sua sensação nestes momentos. Você se sentia muito bem, correto?

Imagino que nenhum pai, numa conversa sincera, diria que quer ver seu filho crescer e se tornar um ladrão, ou então que quer ver sua filha morando na rua, ou mesmo num barraco de madeira com cinco filhos pequenos sem ter o que comer e sem emprego.

Nenhuma mãe deseja para os filhos que fujam com criminosos ou que tenham empregos ruins.

Digo isso para lembrar que um pai não quer o mal para o filho, e por mais que as idéias e conselhos que eles dêem não se pareçam as melhores ao nosso ponto de vista, devemos lembrar que eles só querem o nosso bem.

Pode parecer que estes lembretes sirvam apenas para adolescentes, mas na verdade se aplicam a todos os filhos, de zero a cem anos. Não deixamos de ser filhos de nossos pais quando eles se vão, portanto, não justifica que tomemos atitudes que fariam nossos pais se envergonharem de nós, estejam eles próximos ou distantes.

Todos somos indivíduos diferentes, portanto não teremos mentes iguais às de ninguém, inclusive às de nossos pais. Mas isso não nos desobriga de ter respeito e consideração pela opinião deles.

Ouça os conselhos de seus pais e reflita se eles tem ou não fundamento, se são ou não o melhor para você, e só tome sua decisão depois de pensar profundamente no assunto.

Se não quiser seguir totalmente os conselhos recebidos, pelo menos deixe que eles saibam que você está ouvindo, que entendeu seus propósitos e que tem consciência do que está fazendo.

Olhe para seu pai, sua mãe, ou quem estiver no papel deles, e diga: “Eu sei que você me ama, e que me diz isso porque quer o melhor para mim, mas eu penso de maneira diferente e acredito que minhas convicções me levarão ao caminho que desejo. Obrigado por cuidar de mim.”

Não precisa ser formal assim, mas pelo menos deixe transparecer estas idéias. Desta forma, você despertará também neles a necessidade de enxergar através do seu ponto de vista, além de manter uma boa relação e diminuir a chance de decepcioná-los.

Se a sua atitude te trouxer problemas, reconheça que errou e converse com seus pais sobre o arrependimento. Não tenha medo de dizer que eles tinham razão, pois nesta situação, isso fará bem a todos.

No fundo, seus pais são os seus anjos da guarda na Terra, que te seguram quando a bicicleta cai para o lado, que não deixam que você caia quando suas pernas pequenas de criança não conseguem alcançar o degrau alto em que você quer subir, e que te carregam no colo quando você chora, tanto nos momentos em que a dor é grande demais e você não consegue ficar de pé quanto nas horas em que eles sabem que o que você está fazendo é pirraça mesmo.

Seja em sua vida como é a criança que exibe para os pais a pequena escultura de massinha. No futuro, se permita olhar para suas atitudes, para todas as boas ações que você fez, e perceber como sua convivência na família fez bem a todos os que te conhecem. Daí, poderá olhar para seus pais, estejam onde estiverem, e dizer: “Olha, pai! Olha, mãe! Tá vendo tudo isso? Fui eu quem fiz!”

Fiquem com Deus, sejam bons filhos, e até a próxima!

Um comentário:

  1. Texto muito bonito e que nos leva a pensar numa das relações mais importante que temos na vida. Obrigada por suas palavras. Espero conseguir colocá-las em prática sempre. :)

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