quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vivendo Bem o Seu Papel(6): Parte Final

Olá!

Como vai? Seja muito bem-vindo novamente!

Já falamos aqui de vários papéis que vivemos, e há ainda muitos outros, pois a cada dia temos novos tipos de relações e ligações com as mais diversas pessoas.

Hoje, para terminar esta seqüência, falaremos resumidamente de mais alguns destes tipos.

Pai

Como já devem saber, ainda não me tornei pai, sou pai de um menino e de uma bebê*, e já que começamos falando dos filhos, acho justo também citar este papel.

Apesar de (ainda) não ter vivido esta experiência em sua plenitude, mesmo assim acho que posso fazer alguns comentários com base em conhecimentos adquiridos na convivência com as pessoas e na observação de situações.

Estes breves comentários serão expressos em diferentes respostas para a pergunta:
O que se deve fazer para ser um bom pai?

- Cuide do seu filho, não só com a intenção de fazer bem a ele, mas tendo em mente um objetivo principal: Fazer com que ele se torne uma pessoa responsável, correta, honesta.
- Trate sua criança como criança: Mostre que você está no comando, mas não deixe de demonstrar que você tem muito amor pra dar, e que tudo o que você faz é para o bem dela.
- Nunca (mas nunca, NUNCA MESMO!) dê mais que UMA palmada “psicológica” (aquela palmadinha só para mostrar que ele agiu errado, e que dói mais na consciência que nas nádegas). Descontar sua raiva (ou outro sentimento) em qualquer que seja a pessoa não faz bem a ninguém. E não pense que agredindo você estará educando, mas sim ensinando a ser violento.
- Trate seu adolescente como adolescente: Procure não impor, e sim negociar. Caso não seja possível, explique calmamente suas razões e argumentos reais (não tire motivos apenas da sua cabeça) para tomar suas decisões. Busque sempre dialogar, mesmo que às vezes seu filho pareça não ouvir.
- Trate seu filho adulto como adulto: Dê conselhos, mas não tente fazer suas vontades valerem cem por cento. Um adulto deve ser capaz de tomar suas próprias decisões e, principalmente, arcar com as conseqüências.
- Ensine com atitudes, não com palavras.
- Sempre tenha em mente que você deve tomar as decisões com base no melhor para seu filho. Se não houver um motivo racional para tomar alguma atitude de forma a atingir esta meta, pense melhor antes de agir.
- Seja presente, mesmo que distante. Mostre-se interessado em participar da vida de seus filhos.
- Ame-os!
- Peça a Deus por eles!
- Perdoe!
- Peça perdão!
- Dialogue.
- Faça com que a frase “Eu sou seu pai!” desperte no seu filho não um olhar de desprezo ou desapontamento, mas sim um sorriso de agradecimento.

 (* Eu ainda não tinha filhos na época da postagem, mas agora já tenho. Fiz uma revisão do texto e continuo pensando e agindo da mesma forma - revisado em 2016)

Irmão

A pergunta desta vez é: Qual o papel de um irmão?

- Cuidar dos menores para que não se machuquem nem fisicamente nem emocionalmente.
- Respeitar os maiores, que às vezes fazem o papel de pais, um pouco desajeitados, mas com boas intenções.
- Cultivar o bom relacionamento da família, e manter firmes os laços com os outros. Desta forma, farão bem também aos pais, que ficarão satisfeitos com estas atitudes.

Morando junto:
- Respeitar o espaço e os desejos dos outros, e desta forma manter a ordem no ambiente.
- Sempre usar o diálogo para resolver os conflitos e buscar reduzir os atritos.
- Na convivência diária, vão surgir divergências de interesses, e todos terão que abrir mão de alguma coisa. Não adianta querer tudo a seu modo. Deve-se fazer negociações, não imposições.

Morando longe:
- Telefonar para os irmãos para saber como estão e dar notícias sobre si mesmos.
- Convidar para uma visita de fim de tarde ou feriado.
- Conviver bem quando estiverem juntos (na casa dos pais ou de qualquer outro).
- Não criar atritos através de comentários desnecessários feitos com base em ressentimentos antigos.
- Procurar manter forte o conceito de família.
- Ajudar quando puder.
- Tomar as iniciativas em reconciliações (o ideal é que não haja brigas, mas, caso necessário...).
- Não se achar mais importante que os outros, principalmente na visão dos pais.
- Não se achar inferior aos outros, principalmente na visão dos pais ou dos irmãos.
- Ser uma pessoa boa de se conviver, e assim manter próximas as pessoas igualmente agradáveis.

Cliente
(Cliente é qualquer pessoa que tem uma necessidade e que depende de outra pessoa para atendê-la)

- Respeite quem está te atendendo, pois ele é uma pessoa que, do mesmo modo que você, tem problemas pessoais e, apesar disso, está trabalhando pelos seus interesses, e procurando atender o mais eficientemente possível a suas necessidades.

Atendente
(Qualquer pessoa que atende a uma necessidade)

- Busque, de coração, resolver o problema de seu cliente.
- Ajude os outros a conseguirem seus objetivos da melhor maneira que puder.
- Se não puder se dedicar naquele momento, explique-se e peça desculpas por não poder ajudar, pois é melhor dizer não que tentar fazer tudo ao mesmo tempo e não conseguir terminar nada.
- Vendedores: Não mintam!
- Servidores públicos: Não enrolem!
- Informantes: Informem corretamente.
- Trabalhadores em geral: Trabalhem!
e etc., etc., etc..

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Com isso finalizamos a seqüência de postagens referente aos papéis que vivemos. 

Sei que muitos outros tipos de relações também merecem destaque, e que virão postagens futuras remetendo-nos de volta a esse assunto, mas por enquanto vamos abrir espaço para que outras situações de igual importância possam ser discutidas.

De uma forma resumida, o que eu gostaria que ficasse marcado nesta seqüência de textos é:

Seja qual for o papel que você está vivendo, e quaisquer que sejam as pessoas com quem lida, para que todos vivam bem é necessário causar o menor impacto negativo possível na vida delas.

Papéis nada mais são que relações interpessoais, que precisam ser cultivadas e realimentadas em todo momento.

Bons relacionamentos se constroem nos menores detalhes. Não deixe que coisas que às vezes são muito pequenas se tornem enormes barreiras entre você, as pessoas e a felicidade de ambos.

Desejo boas energias a todos!

Espero de coração ter conseguido cativá-los.

Abraços, e até a próxima.

sábado, 5 de junho de 2010

Vivendo bem o seu papel(5): Cidadão

Olá.

Hoje falaremos sobre algumas atitudes para ser um bom cidadão.

Parte do que você vai ler aqui provavelmente já lhe foi ensinado em sua infância ou na escola, mas não custa relembrar.

Com a vida atribulada que levamos, acabamos por esquecer pequenos detalhes que podem fazer grande diferença na convivência com as pessoas.

Uma coisa que pode passar despercebida na maioria das vezes é a influência que fazemos na vida dos outros com os quais esbarramos no nosso caminho. Mesmo que você não note, seu comportamento causa reações, sensações e sentimentos em pessoas com as quais você nunca trocou sequer uma palavra.

Portanto, esteja atento a quem está à sua volta, e lembre-se das dicas a seguir.

Me Desculpe, Com Licença, Por Favor e Obrigado

Não importa se você está conversando com o cobrador do seu ônibus, com o seu colega, seu chefe ou sua empregada doméstica: Estas quatro expressões mágicas aumentam em muito as suas chances de ter um bom relacionamento com as pessoas.

Atitudes simples são a base para a sustentação de qualquer relacionamento, e estas frases são os alicerces de uma boa educação. Por isso nos são ensinadas logo que aprendemos a falar.

Seja humilde! Seja educado! Desta maneira, todos serão beneficiados.

Lugar de Lixo é nas Lixeiras

Todos tem direito de utilizar o espaço público (ruas, praças, calçadas, etc.) igualmente. Não é justo que uma parte das pessoas faça mau uso destes bens, causando prejuízo a um número muito maior de usuários.

Não se deve sujar ou destruir as coisas de uso comum. Ninguém gosta de andar em lugares mal conservados, portanto, faça sua parte: Não danifique o patrimônio de sua cidade. Não jogue lixo no chão, nas ruas, pela janela dos carros ou ônibus.

Se você vê uma rua bem limpa, não dá vontade de jogar papel no chão, correto? A primeira desculpa que as pessoas dão é que “todos jogam, então eu jogo também. E um papelzinho só nem faz tanta diferença”. Sua atitude é importante sim! A sujeira que você faz causa muitos transtornos, mesmo que você não perceba.

As ruas são varridas todos os dias, portanto, para mantê-las limpas, basta que o primeiro lixo não seja atirado. Se ninguém começar a sujeira, o ambiente ficará mais agradável para todos. Infelizmente, se uma só pessoa se “esquece” de usar a lixeira, já serve de razão (nem um pouco razoável) para que os outros preguiçosos sigam seu exemplo.

E mesmo que a rua já esteja suja, não dê sua contribuição particular para deixá-la ainda menos agradável. Tenha bons hábitos! Seja uma pessoa limpa! E não se preocupe, os garis não depende da sua sujeira para viver. As árvores e suas folhas secas já são suficientes para garantir o emprego deles.

Poluição Sonora

Carros de som, rádios altos, CD's de músicas impróprias no último volume, que machucam nossos ouvidos e nosso bem estar, pessoas gritando palavras feias, compartilhando os piores detalhes de suas brigas de família com vizinhos ou quem mais estiver por perto.

Quem nunca teve a oportunidade de conviver com ao menos uma destas coisas?

Este é um dos assuntos que mais me deixa decepcionado, por causa da falta de bom senso e de cidadania.

Você não é obrigado a escutar discussões exageradas sobre assuntos que não lhe dizem respeito, e muito menos ser incomodado com músicas em volume altíssimo que não são do tipo que lhe agradam.

Se alguém tem um automóvel com equipamento de som de alta tecnologia, que ótimo! Mas não precisa compartilhar isso com o bairro todo, dando voltinhas por toda região com a única finalidade de contaminar quem está num raio de duzentos metros com as suas “músicas” (se é que pode-se nomear assim).

As pessoas que estão em casa, ou andando pela rua, ou conversando no portão, ou dentro da igreja, não deveriam ser interrompidas pelo estrondoso barulho dos seus alto-falantes simplesmente para que você seja notado.

Se você está carente de atenção, vá fazer terapia, ou vá num karaokê. Se quiser aparecer mais, participe de competições de carros-de-som e, lá sim, faça uso de todo seu potencial.

Tenha bom senso, ligue o aparelho do carro ou de casa num volume que dê para você e seus companheiros ouvirem em alto e bom som, mas não passe disso. Se fizer questão de causar o máximo dano aos seus próprios tímpanos, use um grande e potente fone-de-ouvido.

Se quiser extravasar, dance no meio da sala só de roupas de baixo e com a porta aberta, ou então na laje, ou chame alguém para fazer guerra de travesseiros, ou vá jogar bola (ou qualquer outro esporte), ou vá ao campo de futebol e xingue o juiz, ou encontre algo emocionante pra fazer, mas por favor, deixe seus vizinhos em paz.

Respeite o direito dos outros de não escutarem as músicas que você quer ouvir.

Isso também se aplica aos portadores de celulares escandalosos, que gostam de mostrar que possuem a última novidade. Todos já conhecem a potência que eles tem, portanto, não precisa desperdiçar a carga da bateria usando o viva-voz. Quando estiver andando de ônibus ou num lugar comum, e estiver com muita vontade de escutar o funk da moda, não se esqueça de conectar o fone.

Quanto às brigas domésticas, procure ajuda! Melhore suas relações através do diálogo, mesmo que seja por intermédio de alguém. Se a situação for insustentável, tome atitudes mais drásticas, mas não violentas, sempre buscando uma solução. Já está mais que provado que gritar mais alto não vai fazer sua opinião valer. No mais, ninguém é obrigado a viver infeliz.

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O assunto do dia fica por aqui.


Há muitos outros aspectos de cidadania importantes de se observar, mas colocar texto demais em um dia só pode fazer com que a essência da mensagem seja perdida.

De qualquer forma, é bem provável que você que está lendo este blog já busque meios de melhorar suas atitudes, portanto não fará as coisas condenadas neste texto.

Sua missão, portanto, é passar essa noção adiante, e fazer com que os outros tomem esta consciência e mudem seus hábitos, para que deixem de causar tantos danos ao ambiente e às pessoas que estão próximas, principalmente aquelas que não tem intimidade suficiente para chegar mais perto e conversar sobre o assunto.

Dê exemplo através de suas ações, e faça conhecer estas dicas aos outros.

Quanto mais pessoas procurarem agir de acordo com as atitudes que nos fazem viver bem, melhor.

Obrigado por ter lido esta postagem.

Viva bem! Seja um bom cidadão!

Até mais!