sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pequenas Atitudes

Olá!
Bem vindo(a) novamente ao meu blog!

Em postagens anteriores, falamos da influência que fazemos na vida de pessoas com as quais convivemos, mesmo que não sejamos próximos ou conhecidos destas pessoas.

Hoje, vamos aprofundar um pouco neste assunto.

Ser Gentil Não Custa Nada

Gentileza não está só na maneira de conversar. Os famosos "por favor", "com licença" e "obrigado" são apenas uma pequena parte do muito que podemos fazer para sermos gentis. Vejamos alguns exemplos:

- Sorrir: ao cumprimentar, abraçar, conversar informalmente ou nos despedir. É muito agradável ver as pessoas sorrindo, tanto que um grande sorriso se torna contagioso a ponto de, mesmo que por um momento, desfazer a cara amarrada de qualquer ranzinza. Compartilhe suas alegrias, seja espontâneo! Sorria!

- Brincar: com moderação, heim! Uma boa piada em momentos pertinentes muitas vezes multiplicam o efeito do sorriso. Isto porque pode fazer com ela seja repetida em outra oportunidade pelas pessoas que ouviram. Em outras ocasiões, uma brincadeira pode se resumir numa careta, num gesto, ou num bilhetinho bem humorado deixado na mesa do colega. O importante é disseminar o bom humor, sem invadir a privacidade, e sempre respeitando os outros.

- Ajudar: sempre. Ao perceber que alguém está enfrentando uma dificuldade, mesmo que numa coisa muito simples, ofereça ajuda! Ler uma letra pequena para um idoso, consertar o computador do colega (às vezes apenas clicar no botão certo umas duas vezes resolve), dar uma carona durante a chuva, emprestar dinheiro quando possível, etc. Existem várias maneiras de ajudar para cada uma das necessidades. Escolha uma delas e faça uma boa ação.

- Manter a ordem: e conservar a harmonia em casa / no trabalho. Se pegou uma caneta na mesa do colega, devolva, mesmo que tenha que subir um ou dois andares para isso. Não deixe lixo no chão, nem mesmo um clipe de papel que tenha caído por acaso (quanto menor o lixo, mais difícil é para catar, e alguém vai ter que fazê-lo, cedo ou tarde). Se sujou um copo, lave. Não esbarre nas pessoas, se puder evitar. Feche as portas com cuidado, sem fazer muito barulho. Fale baixo (até para o riso é preciso moderação). Dê descarga. Coloque a sua toalha para secar no local próprio para isso (não na cama). Abaixe a tampa do vaso sanitário (mesmo que você pense que isso só serve para satisfazer as pessoas do sexo feminino). Segure seus gases até que esteja sozinho (certas coisas não merecem ser compartilhadas). Use apenas as suas coisas, ou as que tiver obtido permissão do dono. Deixe as coisas nos lugares a que pertencem. (etc.)

- Não criar poluição sonora: Gritar, batucar, ouvir música alta, etc., é falta de noção e incomoda bastante.

- Usar o tempo com sabedoria: principalmente o tempo do outro. Ele é muito valioso! Atualmente as pessoas tem muitos afazeres e exigir demasiada atenção ou ocupar o colega com conversas de menor ou nenhuma importância é um desperdício. Use de bom senso e seja objetivo! Desta forma, todos sairão ganhando.  - Nas horas de lazer a conversa fiada está liberada, desde que não seja fofoca da vida alheia.

- Fazer comentários produtivos. Por exemplo: Você está bonita! Seu cabelo está ótimo! Nada de começar a conversa com "Nossa! Como você engordou!" ou "Tá ficando careca, heim!". As pessoas mudam, e já tem consciência das alterações que ocorrem com elas. Não precisa de outros ficarem relembrando estes fatos pra que sua auto-estima fique mais baixa. Deixe que sejam felizes com os quilinhos a mais ou cabelos a menos! Características físicas chamam a atenção, mas algumas impressões é melhor guardar só para si, pra não ficar com fama de chato ou inconveniente.

Há muitas outras coisas que poderiam ser citadas, como dar um bom-dia sincero, telefonar para um amigo só para dizer que lembrou dele (uma ligação breve), visitar uma pessoa que precisa, dar um prato de comida a quem tem fome, levantar alguém que caiu, etc.

Cabe a cada um saber quais as pequenas atitudes que estão ao seu alcance. E tenha certeza de que elas farão grande diferença na vida do outro.

Agora, mãos à obra! Ponha seu potencial pra funcionar! Comece com pequenas atitudes e você fará grandes realizações!

Abraços, e até a próxima.

(Se quiser, poste um exemplo nos comentários para compartilhar experiências. ;-)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Fale baixo e claro

Olá.

Tenho o hábito de observar o comportamento das pessoas que vejo no dia-a-dia e também daquelas com as quais tenho um relacionamento mais próximo. Depois de refletir um pouco sobre o modo de agir de cada um, fiz algumas deduções que gostaria de compartilhar com vocês.

Discussões sem Propósito

Muitos já devem ter experimentado participar de discussões que terminaram sem nenhum resultado.

Já notaram como se desenrolam estas discussões?
(estou falando das que não acabam em agressão física, pois isso já é caso de polícia)

Normalmente, os interlocutores ficam repetindo seu ponto de vista, cada vez num tom mais alto e sem prestar atenção no que o outro diz. No fim, nenhum dos dois aprendeu nada, e o problema, se não aumentar por causa da discussão, continua como estava.

Por outro lado, as pessoas que tem consciência do seu poder de persuasão, sendo este de fato ou de direito, fazem uso da palavra com a voz mais serena possível. Isso nos dá a certeza de que ele possui um bom auto-controle e inabalável determinação.

Esta voz que impõe sem exagerar, mesmo tendo seu caráter sereno, não deixa de impor respeito.

Uma técnica bem eficaz, posso dizer por experiência própria, é se manter calmo e segurar o tom de voz o mais baixo (e claro) possível ao discutir pontos de vista.

Dizer em poucas palavras, sem gritar, os motivos e razões de pensar desta ou daquela forma, e evitar ao máximo perder o controle emocional ou cair na repetição, são as melhores armas para se terminar uma discussão eficientemente.

Após expor suas idéias, se o outro não mudar sua opinião, não adianta continuar a conversa sem acrescentar nada de novo. Neste caso, você pode simplesmente dizer, olhando nos olhos: “Você pensa assim, eu não penso, e ambos temos que aceitar essa diferença.”

Ficar esticando a conversa para tentar fazer o outro pensar como você NÃO VAI FUNCIONAR! Pode acreditar!

Quando há uma autoridade implícita envolvida na discussão, a complexidade da situação aumenta um pouco, mas isso não quer dizer que a solução não exista.

O único cuidado que se deve tomar é: Se o outro lado for seu chefe (ou pai, ou superior em qualquer outra instância), você deve medir bem suas palavras, e tentar convencê-lo amigavelmente do seu ponto de vista. Em último caso, aceite a opinião dele, pois neste caso você está em desvantagem.

Demonstração de Autoridade

Se você é quem comanda a situação (chefe do setor, ou dono do lugar, etc.), deve tomar o cuidado de não exagerar na medida de demonstração de poder.

Alguns pensam que, por ser um “superior”, podem subjugar os outros e imporem sua vontade a qualquer custo, usando muitas vezes de humilhação (principalmente através do tom de voz) e abuso de autoridade.

Um bom gestor usa da boa conversa, e se mantém estável em qualquer tipo de discussão. Ele sabe que sua opinião final é a que vai prevalecer, e que tem o poder (implícito) de guiar a situação a seu modo, mas está aberto a escutar outras opiniões e sugestões.

Por mais que pense já ter encontrado a melhor solução, ele não se nega a examinar outras possibilidades, pois não se esquece de que as soluções mais simples (e portanto, melhores) surgem muitas vezes de pessoas das quais não se espera.

De qualquer forma, o máximo que pode acontecer é se gastar um pouco de tempo, para depois ser comunicado a todos que seu ponto de vista foi mantido (ou não). Os outros, por mais que não concordem, deverão seguir a direção escolhida, ou correm o risco de sofrerem as consequências, pois, no fim das contas, o poder de fazer e desfazer continua sendo seu.

Quando se tem consciência do poder que está em suas mãos, e se faz bom uso deste poder, não é necessário tomar medidas medíocres como ameaças, punições descabidas e outros tipos de atitudes deste tipo.

A sua autoridade está na sua posição, não no seu tom de voz. Quando sabemos utilizar bem as palavras, não precisamos abusar do volume. Pense nisso!

Fale baixo, mas principalmente, fale claro!

Sempre achei o ato de falar baixo uma virtude de quem o pratica, mas já fui um pouco criticado por abaixar demais o volume da minha voz.

A partir destas críticas, percebi que posso tranquilamente manter meu modo de conversar, desde que me faça ouvir claramente.

Falar claro significa articular, falar pausadamente, pronunciar as palavras até o fim, não comer letras ou sílabas, e não correr demais como se o tempo não fosse suficiente para dizer toda a mensagem.

Seu interlocutor não está na sua mente para saber o que você pensa, então não converse na velocidade do seu pensamento. Se você falar devagar, vai precisar dizer apenas uma vez.

Não se deve confundir o ato de falar baixo com falar “para dentro”, como quem está com medo. Se necessário, aumente um pouco o tom para que o diálogo tenha melhor fluência, mas evite a todo custo gritar. Isso não é agradável para a conversa, nem saudável para a garganta.

Tenha em mente a distância que te separa do outro, e fale alto apenas o suficiente para ele te ouvir. O mais importante é que se fale claramente.

Conversar faz bem pra saúde, contanto que a conversa seja agradável para ambas as partes.

O silêncio também é importante para a mente e para o espírito, mas isso é assunto para outra postagem.

Por hoje é só.

Um abraço, e fiquem com Deus.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vivendo Bem o Seu Papel(6): Parte Final

Olá!

Como vai? Seja muito bem-vindo novamente!

Já falamos aqui de vários papéis que vivemos, e há ainda muitos outros, pois a cada dia temos novos tipos de relações e ligações com as mais diversas pessoas.

Hoje, para terminar esta seqüência, falaremos resumidamente de mais alguns destes tipos.

Pai

Como já devem saber, ainda não me tornei pai, sou pai de um menino e de uma bebê*, e já que começamos falando dos filhos, acho justo também citar este papel.

Apesar de (ainda) não ter vivido esta experiência em sua plenitude, mesmo assim acho que posso fazer alguns comentários com base em conhecimentos adquiridos na convivência com as pessoas e na observação de situações.

Estes breves comentários serão expressos em diferentes respostas para a pergunta:
O que se deve fazer para ser um bom pai?

- Cuide do seu filho, não só com a intenção de fazer bem a ele, mas tendo em mente um objetivo principal: Fazer com que ele se torne uma pessoa responsável, correta, honesta.
- Trate sua criança como criança: Mostre que você está no comando, mas não deixe de demonstrar que você tem muito amor pra dar, e que tudo o que você faz é para o bem dela.
- Nunca (mas nunca, NUNCA MESMO!) dê mais que UMA palmada “psicológica” (aquela palmadinha só para mostrar que ele agiu errado, e que dói mais na consciência que nas nádegas). Descontar sua raiva (ou outro sentimento) em qualquer que seja a pessoa não faz bem a ninguém. E não pense que agredindo você estará educando, mas sim ensinando a ser violento.
- Trate seu adolescente como adolescente: Procure não impor, e sim negociar. Caso não seja possível, explique calmamente suas razões e argumentos reais (não tire motivos apenas da sua cabeça) para tomar suas decisões. Busque sempre dialogar, mesmo que às vezes seu filho pareça não ouvir.
- Trate seu filho adulto como adulto: Dê conselhos, mas não tente fazer suas vontades valerem cem por cento. Um adulto deve ser capaz de tomar suas próprias decisões e, principalmente, arcar com as conseqüências.
- Ensine com atitudes, não com palavras.
- Sempre tenha em mente que você deve tomar as decisões com base no melhor para seu filho. Se não houver um motivo racional para tomar alguma atitude de forma a atingir esta meta, pense melhor antes de agir.
- Seja presente, mesmo que distante. Mostre-se interessado em participar da vida de seus filhos.
- Ame-os!
- Peça a Deus por eles!
- Perdoe!
- Peça perdão!
- Dialogue.
- Faça com que a frase “Eu sou seu pai!” desperte no seu filho não um olhar de desprezo ou desapontamento, mas sim um sorriso de agradecimento.

 (* Eu ainda não tinha filhos na época da postagem, mas agora já tenho. Fiz uma revisão do texto e continuo pensando e agindo da mesma forma - revisado em 2016)

Irmão

A pergunta desta vez é: Qual o papel de um irmão?

- Cuidar dos menores para que não se machuquem nem fisicamente nem emocionalmente.
- Respeitar os maiores, que às vezes fazem o papel de pais, um pouco desajeitados, mas com boas intenções.
- Cultivar o bom relacionamento da família, e manter firmes os laços com os outros. Desta forma, farão bem também aos pais, que ficarão satisfeitos com estas atitudes.

Morando junto:
- Respeitar o espaço e os desejos dos outros, e desta forma manter a ordem no ambiente.
- Sempre usar o diálogo para resolver os conflitos e buscar reduzir os atritos.
- Na convivência diária, vão surgir divergências de interesses, e todos terão que abrir mão de alguma coisa. Não adianta querer tudo a seu modo. Deve-se fazer negociações, não imposições.

Morando longe:
- Telefonar para os irmãos para saber como estão e dar notícias sobre si mesmos.
- Convidar para uma visita de fim de tarde ou feriado.
- Conviver bem quando estiverem juntos (na casa dos pais ou de qualquer outro).
- Não criar atritos através de comentários desnecessários feitos com base em ressentimentos antigos.
- Procurar manter forte o conceito de família.
- Ajudar quando puder.
- Tomar as iniciativas em reconciliações (o ideal é que não haja brigas, mas, caso necessário...).
- Não se achar mais importante que os outros, principalmente na visão dos pais.
- Não se achar inferior aos outros, principalmente na visão dos pais ou dos irmãos.
- Ser uma pessoa boa de se conviver, e assim manter próximas as pessoas igualmente agradáveis.

Cliente
(Cliente é qualquer pessoa que tem uma necessidade e que depende de outra pessoa para atendê-la)

- Respeite quem está te atendendo, pois ele é uma pessoa que, do mesmo modo que você, tem problemas pessoais e, apesar disso, está trabalhando pelos seus interesses, e procurando atender o mais eficientemente possível a suas necessidades.

Atendente
(Qualquer pessoa que atende a uma necessidade)

- Busque, de coração, resolver o problema de seu cliente.
- Ajude os outros a conseguirem seus objetivos da melhor maneira que puder.
- Se não puder se dedicar naquele momento, explique-se e peça desculpas por não poder ajudar, pois é melhor dizer não que tentar fazer tudo ao mesmo tempo e não conseguir terminar nada.
- Vendedores: Não mintam!
- Servidores públicos: Não enrolem!
- Informantes: Informem corretamente.
- Trabalhadores em geral: Trabalhem!
e etc., etc., etc..

---

Com isso finalizamos a seqüência de postagens referente aos papéis que vivemos. 

Sei que muitos outros tipos de relações também merecem destaque, e que virão postagens futuras remetendo-nos de volta a esse assunto, mas por enquanto vamos abrir espaço para que outras situações de igual importância possam ser discutidas.

De uma forma resumida, o que eu gostaria que ficasse marcado nesta seqüência de textos é:

Seja qual for o papel que você está vivendo, e quaisquer que sejam as pessoas com quem lida, para que todos vivam bem é necessário causar o menor impacto negativo possível na vida delas.

Papéis nada mais são que relações interpessoais, que precisam ser cultivadas e realimentadas em todo momento.

Bons relacionamentos se constroem nos menores detalhes. Não deixe que coisas que às vezes são muito pequenas se tornem enormes barreiras entre você, as pessoas e a felicidade de ambos.

Desejo boas energias a todos!

Espero de coração ter conseguido cativá-los.

Abraços, e até a próxima.

sábado, 5 de junho de 2010

Vivendo bem o seu papel(5): Cidadão

Olá.

Hoje falaremos sobre algumas atitudes para ser um bom cidadão.

Parte do que você vai ler aqui provavelmente já lhe foi ensinado em sua infância ou na escola, mas não custa relembrar.

Com a vida atribulada que levamos, acabamos por esquecer pequenos detalhes que podem fazer grande diferença na convivência com as pessoas.

Uma coisa que pode passar despercebida na maioria das vezes é a influência que fazemos na vida dos outros com os quais esbarramos no nosso caminho. Mesmo que você não note, seu comportamento causa reações, sensações e sentimentos em pessoas com as quais você nunca trocou sequer uma palavra.

Portanto, esteja atento a quem está à sua volta, e lembre-se das dicas a seguir.

Me Desculpe, Com Licença, Por Favor e Obrigado

Não importa se você está conversando com o cobrador do seu ônibus, com o seu colega, seu chefe ou sua empregada doméstica: Estas quatro expressões mágicas aumentam em muito as suas chances de ter um bom relacionamento com as pessoas.

Atitudes simples são a base para a sustentação de qualquer relacionamento, e estas frases são os alicerces de uma boa educação. Por isso nos são ensinadas logo que aprendemos a falar.

Seja humilde! Seja educado! Desta maneira, todos serão beneficiados.

Lugar de Lixo é nas Lixeiras

Todos tem direito de utilizar o espaço público (ruas, praças, calçadas, etc.) igualmente. Não é justo que uma parte das pessoas faça mau uso destes bens, causando prejuízo a um número muito maior de usuários.

Não se deve sujar ou destruir as coisas de uso comum. Ninguém gosta de andar em lugares mal conservados, portanto, faça sua parte: Não danifique o patrimônio de sua cidade. Não jogue lixo no chão, nas ruas, pela janela dos carros ou ônibus.

Se você vê uma rua bem limpa, não dá vontade de jogar papel no chão, correto? A primeira desculpa que as pessoas dão é que “todos jogam, então eu jogo também. E um papelzinho só nem faz tanta diferença”. Sua atitude é importante sim! A sujeira que você faz causa muitos transtornos, mesmo que você não perceba.

As ruas são varridas todos os dias, portanto, para mantê-las limpas, basta que o primeiro lixo não seja atirado. Se ninguém começar a sujeira, o ambiente ficará mais agradável para todos. Infelizmente, se uma só pessoa se “esquece” de usar a lixeira, já serve de razão (nem um pouco razoável) para que os outros preguiçosos sigam seu exemplo.

E mesmo que a rua já esteja suja, não dê sua contribuição particular para deixá-la ainda menos agradável. Tenha bons hábitos! Seja uma pessoa limpa! E não se preocupe, os garis não depende da sua sujeira para viver. As árvores e suas folhas secas já são suficientes para garantir o emprego deles.

Poluição Sonora

Carros de som, rádios altos, CD's de músicas impróprias no último volume, que machucam nossos ouvidos e nosso bem estar, pessoas gritando palavras feias, compartilhando os piores detalhes de suas brigas de família com vizinhos ou quem mais estiver por perto.

Quem nunca teve a oportunidade de conviver com ao menos uma destas coisas?

Este é um dos assuntos que mais me deixa decepcionado, por causa da falta de bom senso e de cidadania.

Você não é obrigado a escutar discussões exageradas sobre assuntos que não lhe dizem respeito, e muito menos ser incomodado com músicas em volume altíssimo que não são do tipo que lhe agradam.

Se alguém tem um automóvel com equipamento de som de alta tecnologia, que ótimo! Mas não precisa compartilhar isso com o bairro todo, dando voltinhas por toda região com a única finalidade de contaminar quem está num raio de duzentos metros com as suas “músicas” (se é que pode-se nomear assim).

As pessoas que estão em casa, ou andando pela rua, ou conversando no portão, ou dentro da igreja, não deveriam ser interrompidas pelo estrondoso barulho dos seus alto-falantes simplesmente para que você seja notado.

Se você está carente de atenção, vá fazer terapia, ou vá num karaokê. Se quiser aparecer mais, participe de competições de carros-de-som e, lá sim, faça uso de todo seu potencial.

Tenha bom senso, ligue o aparelho do carro ou de casa num volume que dê para você e seus companheiros ouvirem em alto e bom som, mas não passe disso. Se fizer questão de causar o máximo dano aos seus próprios tímpanos, use um grande e potente fone-de-ouvido.

Se quiser extravasar, dance no meio da sala só de roupas de baixo e com a porta aberta, ou então na laje, ou chame alguém para fazer guerra de travesseiros, ou vá jogar bola (ou qualquer outro esporte), ou vá ao campo de futebol e xingue o juiz, ou encontre algo emocionante pra fazer, mas por favor, deixe seus vizinhos em paz.

Respeite o direito dos outros de não escutarem as músicas que você quer ouvir.

Isso também se aplica aos portadores de celulares escandalosos, que gostam de mostrar que possuem a última novidade. Todos já conhecem a potência que eles tem, portanto, não precisa desperdiçar a carga da bateria usando o viva-voz. Quando estiver andando de ônibus ou num lugar comum, e estiver com muita vontade de escutar o funk da moda, não se esqueça de conectar o fone.

Quanto às brigas domésticas, procure ajuda! Melhore suas relações através do diálogo, mesmo que seja por intermédio de alguém. Se a situação for insustentável, tome atitudes mais drásticas, mas não violentas, sempre buscando uma solução. Já está mais que provado que gritar mais alto não vai fazer sua opinião valer. No mais, ninguém é obrigado a viver infeliz.

---

O assunto do dia fica por aqui.


Há muitos outros aspectos de cidadania importantes de se observar, mas colocar texto demais em um dia só pode fazer com que a essência da mensagem seja perdida.

De qualquer forma, é bem provável que você que está lendo este blog já busque meios de melhorar suas atitudes, portanto não fará as coisas condenadas neste texto.

Sua missão, portanto, é passar essa noção adiante, e fazer com que os outros tomem esta consciência e mudem seus hábitos, para que deixem de causar tantos danos ao ambiente e às pessoas que estão próximas, principalmente aquelas que não tem intimidade suficiente para chegar mais perto e conversar sobre o assunto.

Dê exemplo através de suas ações, e faça conhecer estas dicas aos outros.

Quanto mais pessoas procurarem agir de acordo com as atitudes que nos fazem viver bem, melhor.

Obrigado por ter lido esta postagem.

Viva bem! Seja um bom cidadão!

Até mais!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Vivendo bem o seu papel(4c): No Trabalho

Bem vindos novamente ao meu blog!

Sobre a vida no ambiente de trabalho, já falamos das limitações, educação e bom humor, e sobre o caráter imperfeito do ser humano.

Hoje, finalizando esse assunto, falamos de ObediênciaRegras e Discussão Saudável.

4) Obediência: Qualidade de Inteligentes

Algumas pessoas se sentem diminuídos por receberem ordens de pessoas que, em sua visão, não tem o conhecimento, habilidades ou a capacidade para estar num cargo superior.

Não pense que a posição que você ocupa tem apenas desvantagens. A pressão do trabalho é tão grande quanto o cargo. Mesmo quando o chefe é o dono ou presidente da empresa, a necessidade de resultados ou de manter a firma estável no mercado é um peso que não é fácil de se carregar. Alegre-se por ter alguém que carregue esta responsabilidade no seu lugar.

Você, na qualidade de empregado, é legalmente subordinado ao seu chefe (isto é previsto tanto na lei quanto no contrato de trabalho), e como tal, deve obedecer e cumprir com suas obrigações com zelo e responsabilidade (dentro dos limites humano e profissional).

É claro que obedecer nem sempre é fácil, mas a pessoa obediente é muito mais reconhecida do que as que não o são. Porém, não se pode confundir pessoas prestativas com puxa-sacos. Estes últimos não terão um futuro bem sucedido, pois mesmo que obtenham algum benefício com esta prática desprezível, cedo ou tarde deixarão a própria incompetência acabar com sua carreira.

Além disso, nem todo chefe é do tipo que apenas delega tarefas e fica só com a função de fiscalizar e cobrar os resultados. Não é muito comum, mas alguns deles são como colegas e fazem serviços comuns do setor como uma forma de se aproximar e conviver melhor com os subordinados, ou porque acham que assim podem contribuir mais para atingir as metas e objetivos, ou então porque gostam de ajudar, simplesmente.

Nós não escolhemos com qual destes vamos conviver. O que podemos escolher é a forma de lidar com cada um deles e suas particularidades. Na minha opinião, o melhor a fazer é escutar o que eles dizem e realizar suas tarefas da melhor forma que puder, sugerindo as melhorias que achar convenientes quando lhe for aberta esta opção.

O seu cargo na empresa tem funções pré-definidas (se não tem, deveria ter), e somente este encargo é seu. Não queira mudar toda a estrutura da empresa só porque você pensa que seu superior não merece o cargo. Seja o melhor funcionário que a empresa já teve em seu posto, não importa qual seja, e enquanto estiver nele. Se não está satisfeito, busque a melhoria pelo melhor caminho que puder, mas sem puxar o tapete de ninguém. Seja honesto!

Apesar de parecer duro de escutar, isto é fato: mesmo que você pense que seu chefe não tem capacidade para estar naquela posição, ele deve ser, no mínimo, respeitado. Se há uma hierarquia na empresa, seja humilde e obedeça-a.


Busque a melhor convivência com sua equipe, pois vocês podem crescer juntos, se assim quiserem. Seja um subordinado de confiança. Desta forma, seu chefe terá alguém para substituí-lo caso deixe o cargo por qualquer motivo.

Se achar que tem competência suficiente para ocupar um lugar melhor na empresa, e não quiser depender da ascensão ou transferência de outros, mostre-se disponível e direcione suas ações no intuito de alcançar este objetivo, mas faça isso pelo caminho correto. Preocupe-se com as suas qualidades, não com os defeitos alheios.

De qualquer forma, se não estiver satisfeito com as condições gerais de trabalho, lembre-se de que o mercado oferece muitas opções, e que ninguém é obrigado a viver infeliz com o que faz. Tenha atitude! Você merece o sucesso, desde que o busque com dedicação, força de vontade, e principalmente honestidade.

5) Regras Existem para Serem Quebradas. Será?

Algumas sim, outras não. Não se pode generalizar esta máxima. Do contrário, haveria anarquia.

Quebrar uma ou outra regra de etiqueta é uma atitude completamente diferente de burlar uma norma da empresa, romper a barreira da moralidade ou invadir a intimidade de alguém.

Do mesmo modo que uma empresa precisa ser organizada para ser lucrativa, as relações humanas necessitam cumprir certas formalidades para se manterem sustentáveis.

Cada pessoa tem seu jeito de pensar e agir, e estas características devem ser respeitadas. Não se deve impor pontos de vista, linhas de pensamento ou atitudes a pessoas que não se sentem confortáveis com isso.


Não critique pessoas que tem limites de comportamento diferentes dos seus. É óbvio que não há uma só forma correta de se comportar, mas é bom observar certas regras, e respeitá-las, principalmente quando se tratar de normas da empresa, sejam elas implícitas ou explícitas em regulamentos.

Além disso, são as regras (morais, sociais e legislativas) que possibilitam a vida em sociedade. Se cada pessoa pudesse escolher livremente quais regulamentos seguir, cada um criaria seu próprio conjunto de leis e seria impossível definir claramente os atos ilícitos, as atitudes imorais e suas conseqüentes punições.

Tenha a liberdade de quebrar paradigmas (principalmente os não justificados), mas não seja totalmente inconseqüente. Saiba definir bem o limite entre o que é permitido e o que é desejável. Seja maduro, consciente, e faça com que suas atitudes o tornem uma pessoa admirável.

Acima de tudo, saiba que quanto mais você insistir em burlar as normas ou ultrapassar limites, e quão mais significativos (sob qualquer aspecto) eles forem, maior será a sua responsabilidade - já que você é que terá que arcar com as conseqüências -, e mais grave será a punição decorrente, seja ela moral, administrativa ou jurídica.

Pode parecer que este tópico ficou muito direcionado para a vida corporativa, pelo caráter sério e pelas várias citações sobre cumprimento de regras. Se você teve esta impressão, releia-o fazendo uma interpretação mais voltada para os relacionamentos interpessoais, e veja as normas como costumes morais, éticos e sociais. Lembre-se sempre: a meta principal aqui é deixar a convivência mais agradável com o objetivo de viver melhor.

6) Como Discutir Sem Discutir?

Eu enxergo pelo menos duas interpretações para a palavra discussão:

- Exposição de diferentes pontos de vista com o objetivo de obter o melhor resultado possível para alguma situação, de modo a equilibrar os ganhos para todas as partes; duas ou mais pessoas tentando chegar a um consenso, cada uma com respeito sobre a linha de pensamento e as opiniões dos outros. (melhor)
- Imposição de ponto de vista; tentativa de obter a concordância do outro arbitrariamente acerca de algum assunto; duas ou mais pessoas querendo resolver tudo a seu modo, cada qual utilizando do volume da voz como instrumento para sobrepor sua vontade à dos demais. (não tão boa)

Em um ambiente de trabalho, devemos nos esforçar ao máximo para evitar a segunda hipótese. Isto porque se mesmo quando houver desentendimento entre colegas, nos dias seguintes eles terão que se ver e se relacionar do mesmo jeito.

É necessário fazer uma constante manutenção das nossas relações no trabalho, pois, ao contrário das nossas amizades, não somos nós que escolhemos com quem vamos trabalhar. Ficar “de mal” de um colega não vai fazer seu chefe mudá-lo de setor ou demiti-lo. Por outro lado, se você depender de alguma tarefa dele para desempenhar bem a sua, isto pode comprometer o seu desempenho e prejudicar sua carreira.

Você não é obrigado a gostar de ninguém, mas o respeito é indispensável em qualquer tipo de relação.

Quando precisar discutir, exponha suas idéias de maneira clara e objetiva, sem alterar o tom de voz, e mantenha a serenidade caso o outro envolvido comece a gritar. Uma coisa que funciona neste caso é falar cada vez mais baixo à medida que o outro aumenta o volume, pois, para este tipo de pessoa, não há nada mais desconcertante que brigar sozinho. Se esta técnica não ajudar, peça educadamente para conversar sobre o assunto mais tarde, ou solicite a um superior ou colega mais controlado para intermediar a troca de idéias.

Faça o que fizer, não retribua ofensas ou pague qualquer coisa negativa com a mesma moeda.

Entenda que, quando alguém grita ou se exalta com gestos e palavras feias, está basicamente desabafando. Se você se mantiver calmo e souber conduzir com tranqüilidade a situação, quando este momento passar, ele demonstrará imenso desconforto, e talvez até te peça desculpas.

Por outro lado, quando a discussão se esquenta para os dois lados, todos saem prejudicados, inclusive os outros colegas. Eles podem entender que não se pode argumentar sobre nada com os esquentados, pois sempre há o receio de criar mais uma situação difícil de se controlar.

Em linhas gerais, o exagero não é bom em nenhuma hipótese. Portanto, mantenha a serenidade, seja firme em suas idéias e não perca o controle da situação.

Se a coisa fugir ao seu controle, lembre-se de que uma ofensa é como um presente: se você recebê-lo, ele passa a ser seu. Caso recuse, ele continua pertencendo ao outro.

---

Bom, é isso.

Se você quiser conversar, exemplificar, contrapor, reclamar ou comentar, fique à vontade.

Todos somos adultos e teremos prazer em discutir (mas sem discutir).

Fiquem com Deus, e até a próxima!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Vivendo bem o seu papel(4b): No Trabalho

Bem-vindos novamente!

Na última postagem discutimos sobre as limitações de cada um e as atitudes que podemos ter com respeito a elas. (Se não leu a parte 4a, clique aqui.)

Hoje, continuaremos falando sobre a vida no ambiente de trabalho.

2) Não Se Perde Nada Por Ser Educado

Pequenas atitudes com relação aos colegas podem trazer muitos benefícios ou enormes problemas.

Saiba que um sorriso seu pode causar um bem inestimável a quem está do seu lado. Não só este simples gesto, mas um bom dia, uma rápida conversa amiga ou uma leve demonstração de afeto.

Quando temos conhecimento de que algum problema aflige o colega em sua vida pessoal, não custa nada perguntar como vão as coisas, com o intuito de mostrar interesse e disponibilidade em ajudar (desde que o assunto não seja muito pessoal ou cause constrangimento).

A boa educação é um ingrediente fundamental na convivência cotidiana. Não se esqueça das simples, mas muito sábias palavras ensinadas por nossos pais quando somos crianças: “Por favor”, “obrigado”, e principalmente “me desculpe”.

Leves brincadeiras, aplicadas com moderação e desde que sejam oportunas, também ajudam a manter o bom humor e o clima de descontração. Só se deve ter o cuidado de não ofender nem tocar em assuntos delicados que, por serem de cunho pessoal, íntimo, ferir crenças ou despertar maus sentimentos, podem transformar uma simples piada em razão de discórdia.

Tome cuidado para não ferir os sentimentos das pessoas. Causar risadas à custa de humilhar ou ridicularizar alguém está muito distante de ser uma atitude nobre. Seja divertido, mas com moderação. Todo exagero pode causar danos, portanto, não é aconselhável ser um piadista em todos os momentos. Você pode passar de agradável a impertinente em apenas algumas horas de convivência.

3) Todos Somos Seres Humanos

Ninguém é totalmente imune a erros. Se vemos que alguém cometeu um equívoco, e se acharmos necessário, devemos interferir sim, mas sempre de maneira positiva, de forma que a pessoa se sinta acolhida e amparada, para que ela fique com vontade de acertar cada vez mais. Devemos ter o cuidado de destacar sempre as qualidades, mostrando com discrição o que pode ser melhorado e dando apoio ao crescimento pessoal e profissional dos colegas.

Não é nosso dever mudar o pensamento ou o modo de ser dos outros. Se alguma coisa no comportamento do colega não está de acordo com as suas convicções do que é certo, cabe a você, no máximo, argumentar de forma educada de modo a conseguir chegar a atitudes que sejam razoáveis para as duas partes.

Cada um de nós tem pensamentos, qualidades, defeitos e desejos diferentes, e à medida que tomamos conhecimento destas características nas pessoas, podemos entender o seu ponto de vista e conviver melhor com elas.

Há algum tempo eu disse neste blog, e hoje repito, que “quando você não gosta de algo no outro, na verdade é a sua visão daquilo que te incomoda”. Você deve ter consciência disso quando pensar que alguém está errado. Coloque-se no lugar dele e veja se não é você que está distorcendo os fatos. Pense no modo como todos os envolvidos enxergam a situação antes de tomar alguma atitude que poderá alterar a vida, a rotina ou o trabalho de alguém.

Quando sentir a necessidade de dar conselhos, certifique-se de que serão recebidos como mensagens de apoio, não como ordens ou algum tipo de repreensão. Uma vez li em uma parábola que ninguém pode receber lições se não estiver aberto a elas. Seria como despejar um chá de ótima qualidade em uma xícara que já está cheia: a bebida entorna, a mesa fica suja e todos saem perdendo.

Bem... Acho que já temos informação suficiente para refletir por algum tempo.

Fiquem com Deus, e tenham uma boa convivência no trabalho.

Abraços a todos!

(O próximo post fala de obediência, cumprimento de regras e maneiras de se discutir de modo saudável. Clique e leia.)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vivendo bem o seu papel(4a): No Trabalho

Oi!

Estamos de volta com mais uma reflexão sobre as atitudes para se viver bem.

Desta vez o assunto é o comportamento no ambiente de trabalho.

O foco desta postagem (e de uma ou duas das próximas) será a relação entre os colegas, pois já existe muito material em livros e palestras empresariais (inclusive publicados na internet) que nos dão dicas de como melhorar nosso desempenho para nos tornarmos profissionais melhores.

Além disso, já estamos carecas de saber como fazer o melhor para a empresa (mesmo que nem todos transformem este conhecimento em atitudes), mas será que temos em mente o reflexo de nossas ações na vida do colega?

Para despertar esta reflexão, destacaremos alguns tópicos importantes na convivência no ambiente de trabalho.

1) Todos Têm Limitações

Todo ser humano é capaz de realizar muitas coisas, mas ninguém pode tomar conta de tudo todo o tempo.

O primeiro passo para se viver bem no trabalho é reconhecer que todos somos limitados, e precisamos respeitar os sentimentos e necessidades dos outros.

É muito bom quando temos aquele colega que está sempre sorridente, disposto a ajudar e que nunca recusa quando você pede um favor.

Mas todos têm seus momentos difíceis, e em alguns dias o sorriso não estará tão presente no rosto dele. O excesso de trabalho (por não saber negar favores ou por falta de controle do empregado ou de seu chefe), o estresse pelo excesso de cobrança, um problema pessoal ou mesmo de saúde podem mudar as atitudes de nossos colegas.

Nestes momentos, temos que ser um pouco mais que parceiros de serviço, e mostrarmos que podemos também ser amigos.

Uma palavra de solidariedade, uma ajuda que se oferece no trabalho ou até mesmo uma conversa com o chefe (se este não perceber o erro por si próprio) para tentar tirar um pouco da carga do colega são ações simples que têm grande impacto na qualidade de vida dele.

Se quem está sofrendo é você, não custa nada ir ao encontro da pessoa que estiver mais próxima (ou alguém de confiança), se for para pedir conselhos, ou de alguém que possa resolver o problema, para juntos buscarem uma solução.

Quando as próprias obrigações é que são a causa da insatisfação, então deve-se buscar outros meios menos convencionais. Pode-se tentar a realização das tarefas de uma maneira diferente, uma troca de setor, uma mudança nas atribuições ou, em último caso, a busca de um novo emprego.

Se de toda maneira não se encontrar um jeito de mudar o ambiente, deve-se ao menos tentar enxergar o trabalho de uma forma que lhe pareça mais agradável. Por exemplo, pode-se manter o foco da atenção na relação com os colegas e ter o trabalho apenas como conseqüência disso. Se ainda assim o sacrifício parecer grande demais, tente ao menos ser uma pessoa agradável a seus colegas, para não disseminar a sua insatisfação. Os pensamentos negativos e palavras pesadas só atraem mais coisa ruim para o ambiente.

Se não estiver satisfeito, é aconselhável que faça uma distinção bastante objetiva entre a vida pessoal - isto é, a sua convivência com os colegas - e a profissional, sendo ao menos um companheiro de trabalho agradável ou neutro. Desta forma, você pode direcionar todas as suas energias para os momentos de lazer, a fim de aproveitar ao máximo os bons momentos que lhe são proporcionados pelo "ótimo" salário recebido no seu "bom" emprego.

A única coisa que não é justificável, e nem deve ser tolerada, é que uma pessoa seja totalmente insatisfeita no trabalho, de forma que não goste de suas atribuições, nem dos colegas, nem do salário. Neste caso, se ainda não trocou de emprego, seja pela inegável apatia, seja pela plena incompetência em buscar sua realização pessoal, não pode reclamar de ser infeliz.

E finalmente, por pior que este indivíduo se sinta, não é justo que compartilhe seu infortúnio com os colegas, fazendo-os tão miseráveis quanto ele. Você pode se sentir muito mal sendo obrigado a passar pela "péssima e penitente jornada de trabalho", mas, por favor, não faça com que seus companheiros também se sintam assim.

Para terminar, gostaria de ressaltar que minha intenção não é atacar ninguém, mas sim causar um certo impacto, de modo a despertar a vontade de fazer uma reflexão nas pessoas que se identificarem com estas atitudes.

Seja atuante! Leve uma vida agradável, mesmo trabalhando! Isso só depende de você!

Faça sua parte no trabalho, pois outros dependem de suas ações para serem felizes.

Faça a diferença no seu ambiente de convivência, e de um jeito ou de outro você será reconhecido por isso.

Na próxima postagem, continuamos falando nesse assunto. (Clique para ler a parte 4b, ou a parte 4c)

Abraços a todos! E fiquem com Deus!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Vivendo bem o seu papel(3): Amigo

Olá! Seja bem-vindo novamente!

Hoje vamos falar da relação que temos com nossos amigos.

Nesta postagem vamos discutir três níveis diferentes de amizade, e destacar algumas das das características desejáveis de ambas as partes neste tipo de relacionamento.

1) O primeiro nível é a Amizade Superficial (Pessoas Conhecidas).

Fazem parte desta categoria, as pessoas que você vê na rua e só diz "Bom dia, tudo bem?", além daquelas que te cumprimentam com apenas um gesto de cabeça ou de mão, e dos amigos que só te contactam por Orkut, MSN ou outro meio virtual.

Para ser um bom amigo superficial, basta continuar tendo boa educação nos encontros casuais, e conhecer as preferências do outro quanto ao tipo de contato que ele aprecia.

Por exemplo, não é todo mundo que gosta que alguém grite seu nome na rua, de longe, simplesmente pra dar um tchauzinho e um "Beleza?!".

Também conheço gente que detesta receber e-mails enormes com mensagens batidas, ou slides feitos em Powerpoint que não acrescentam nada à vida da gente, que demoram mais de um minuto pra trocar de página, enquanto tocam músicas depressivas.

Conhecer um pouco das pessoas com quem se relaciona é importante para que você não seja visto como impertinente. Caso contrário, seus emails serão deletados antes de serem lidos, e seus amigos atravessarão a rua para não serem abordados por você.

Além disso, a boa educação recomenda que assuntos de caráter duvidoso (boatos sobre vírus que não existem, doenças ou sequelas teoricamente causadas por produtos famosos) ou que fujam da boa moral (fotos pornográficas ou pedofilia) não sejam disseminados indiscriminadamente.

Caso não pratique nenhum destes atos, e deseje permanecer nesta categoria, você estará no caminho certo.

Uma dica pra quem quer ser mais do que um simples conhecido: Envie recados ou e-mails personalizados em vez de simplesmente encaminhar TODOS os que recebe - isto vai mostrar que você dedicou uma parte do seu precioso tempo pensando naquela pessoa -, e observe as características dos amigos citadas mais abaixo.

2) O próximo nível será chamado de Amizade Formal. Fazem parte deste grupo as pessoas que vemos e visitamos de vez em quando. Se você pára na rua para conversar com alguém, cumprimenta, troca algumas palavras e convida esta pessoa para ir na sua casa, ou recebe este convite, parabéns! Você já está nesta categoria.

Estes simples atos já demonstram que você tem uma certa proximidade com a pessoa, e já é importante para ela, e ela para você.

Portanto, preocupe-se em não magoá-la. Se possível, cumpra o compromisso de fazer uma visita, converse e dedique sua atenção exclusiva enquanto estiver na presença dela.

Mesmo que você nem pense nessa pessoa no resto do mês ou do ano, aqueles momentos vão ficar na memória dela e farão com que ela se sinta bem a seu respeito.

Caso sua ajuda seja solicitada, atenda, na medida do possível, pois de pequenos detalhes nascem grandes realizações. Algo que é muito fácil pra você pode ser um desafio imenso para se realizar sem sua "mãozinha".

3) Por último, temos as Amizades Mais Próximas (Os Melhores Amigos).

Algumas das características deste nível são descritas a seguir, e são independentes entre si, embora deva ser considerado que para se obter o relacionamento ideal, é importante alcançar todas elas.

Principais qualidades dos amigos íntimos:

a) Ser Presente: Significa manter contato, lembrar-se do outro quando ele fica algum tempo sem se comunicar, buscar a proximidade, estar junto quando o amigo precisa, e deixá-lo só, quando for necessário.

Mas tome cuidado, pois muitos amigos acham tão importante se fazer presente que atrapalham a vida do outro, de tanto invadir seu espaço.

Às vezes, tudo o que a gente precisa é de um momento para refletir num canto escuro, portanto, pergunte o que seu amigo deseja, e atenda o seu pedido, mesmo que ele diga que quer ficar sozinho. Mas antes de sair, faça-o saber que você está logo ali, e que ele pode te chamar para o que for necessário.

b) Saber Falar, Saber Calar: É conversar, ouvir, e oferecer um consolo em silêncio quando as palavras não são suficientes.

Há pessoas que tem ótimas intenções, mas quanto mais falam, mais deixam o amigo triste, pois insistem em querer ajudar dando conselhos infrutíferos ou utilizando palavras impróprias em momentos nos quais nenhuma conversa dará resultado.

É tão importante saber calar quanto saber falar, e é essencial entender que há momentos em que se deve simplesmente ouvir e dar o apoio necessário na hora certa.

Muitas vezes as pessoas não querem ouvir conselhos, mas apenas desabafar, botar pra fora os sentimentos que estão presos no peito massacrando seu coração. Procure descobrir que momentos são esses, e apenas ouça. Saber escutar é um dom que poucos possuem.

Por fim, deve-se falar positivamente, e não destruir os pensamentos e objetivos dos outros com frases do tipo "Não deveria perder seu tempo com isso, pois muita gente já tentou e não deu resultado". Prefira dizer "Puxa! Você tem um desafio e tanto pela frente! Se acha que é o melhor a fazer, não desista deste seu sonho. Se precisar de ajuda ou conselhos, me procure!".

c) Ser Empático: É ter o poder de tirar a tristeza do outro, trazer para a vida dele os sentimentos bons que você tem.

Há muitos anos, quando participava de um encontro, aprendi que há uma grande diferença entre a simpatia e a empatia. Ser simpático é encontrar um amigo que está num buraco e descer até lá, oferecendo seu ombro para que ele possa chorar, e chorar com ele. Ser empático é chegar na beira deste buraco e jogar uma corda para que ele possa subir com a sua ajuda e incentivo.

Faça o que você puder para ajudar seus amigos. Obviamente, não é aconselhável se prejudicar ou causar dano a outro para socorrer alguém, mas quando a boa ação depender unicamente das suas possibilidades e vontades, ajude. Sinta-se bem com o bem-estar de seus amigos. Faça a diferença na vida dele, e deixe que a alegria dele se torne parte da sua.

d) Ser Autêntico: Qualquer boa ação que fizer será inútil se for acompanhada de um sentimento de má-vontade ou fingimento.

O que fizer, faça de coração. Demonstre sua real intenção em suas atitudes. Se seus objetivos não forem claros, e se houver motivos obscuros em seus atos, pode ser que alguém use isso em benefício próprio, e contra você.

Acumular amizades baseadas em mentiras é um modo muito fácil de se criar inimizades severas. Não se esqueça de que as mágoas são muito mais divulgadas do que as boas ações.

e) Ser Humilde: Não use dos seus dotes para se sobressair à custa de diminuir os outros.

Não use os amigos como degrau para crescer no conceito de ninguém, nem fique se mostrando demais sem necessidade. Isso acaba te afastando dos amigos, e faz com que você seja visto como companhia indesejável.

Além do mais, se você é bom em alguma coisa, não precisa lembrar os outros disso a toda hora. Seus verdadeiros amigos reconhecem este fato e te admiram. Ficar se engrandecendo só te deixa mais arrogante na visão deles.

"Uma boa ação só se torna grandiosa quando descoberta por acaso." (Não me lembro quem é o autor desta frase)

f) Ser Desinteressado: É fácil ser um bom amigo quando se obtém benefícios com esta amizade.

Ao se relacionar com alguém, não leve em conta os bens que ele tem ou os ganhos que você terá ao ficar em sua companhia. O interesse puramente material é um sentimento desprezível, e se a amizade termina quando não dá lucro é porque nunca foi verdadeira.

g) Ser Leal: Lealdade é ser amigo quando está perto e mais ainda quando está longe. É fazer de tudo para não causar mágoas ou ressentimentos.

É respeitar os sentimentos dos outros como se o sofrimento dele doesse mais ainda em você, e por isso mesmo cuidar para que ele nunca se machuque.

Também significa saber guardar os segredos de seus amigos como se fossem uma jóia dada a você de coração, e de sua propriedade exclusiva, e esta, por ser um bem tão precioso, não pode ser dada nem emprestada a mais ninguém.

Lealdade se traduz e se resume na frase Respeitar a pessoa e os sentimentos do outro.

h) Conhecer: Já ouviu falar no ditado "Trate os outros tal como deseja ser tratado"?. Pois esqueça-o! Aquela história da raposa e da cegonha* já perdeu seu encanto, e deve ser substituída por uma frase de muito maior significado: "Trate os outros tal como ELES gostariam de ser tratados!".

Você já imaginou que o jeito que você acha melhor pode não ser o que o outro deseja?

Exemplificando: Um homem gosta quando lhe falam para se sentir em sua própria casa. Portanto ele abre a geladeira do amigo, tira uma cerveja e se despoja no sofá para assistir ao jogo de futebol junto de seu camarada, gritando e vibrando nos momentos mais emocionantes. Porém, este mesmo homem, ao receber um terceiro em sua casa, o trata formalmente, serve água e suco em bandejas de aço e taças de vidro, senta-se educadamente na poltrona e conversa delicadamente enquanto escutam uma suave música.

As pessoas deste exemplo se conhecem bem, e sabem o que é agradável na visão do outro. Se o primeiro fosse tratar sua visita como gostaria de ser tratado, mandaria que ele pegasse uma cerveja em sua geladeira, mas neste caso o convidado pode não gostar de bebida alcoólica, e nem se sentir à vontade mexendo em coisas que não lhe pertencem.

Isso significa Conhecer o Outro, e assim fazer o que será mais agradável a ELE, não a você.

E novamente contradizendo o exemplo da raposa e da cegonha, se não for bem tratado na casa de alguém, é bastante aconselhável que você não repita as más atitudes desta pessoa. Quando tiver a oportunidade, deve sim tratá-lo com toda a educação e cordialidade possíveis para demonstrar que você vale mais que qualquer sentimento de vingança.

Não queira ensinar lições a ninguém, pois todos sem exceção estão em contínuo aprendizado com a vida.

i) Surpreender: Para fechar com chave de ouro, a qualidade mais rara de todas.

É muito difícil de se encontrar alguém que sabe te causar boas surpresas, te emocionar de uma maneira sublime e desinteressada.

O melhor amigo é o que te liga na hora que você menos espera para te dar uma boa notícia, ou só pra dizer um oi, ou pra te chamar pra sair. E será melhor ainda se você não conseguir recusar um convite dele, por mais que esteja atarefado.

Fazer bem aos amigos quando eles menos esperam é uma atitude inesquecível e emocionante. Se nunca tentou fazer isso, faça! Com certeza não se arrependerá.

Geralmente, quem possui esta qualidade tem todas as outras, e acaba se tornando o amigo perfeito.

Este amigo sabe se comunicar apenas com um sorriso ou um olhar, conhece seus sentimentos apenas vendo suas expressões. Já te viu sorrir, já te viu chorar, já te viu nervoso e, às vezes, já te viu adormecer vencido pelo cansaço após uma noite mal dormida ou uma semana cheia de compromissos.

Estas pessoas são as únicas que te conhecem realmente, às vezes melhor do que você mesmo, e muito mais do que outras pessoas, são as que farão a verdadeira diferença em sua vida.

Caso exista alguém assim no seu ciclo de amizades, sinta-se um privilegiado!

Para terminar, apenas gostaria de fazer uma observação: Nas amizades formais e superficiais, pode ser que uma ou mais qualidades citadas aqui estejam presentes, mas quando se tratam de amigos verdadeiros, você verá que o conjunto delas é que é importante.

Por hoje é só. Tenha muitos amigos perfeitos em sua vida, e fique com Deus!

Até a próxima semana!

*A raposa e a cegonha: Uma das fábulas de Esopo.

domingo, 14 de março de 2010

Vivendo bem o seu papel(2b): Esposo(a)

Olá,
É bom estar com vocês novamente!

Estávamos refletindo sobre situações que causam discussões entre companheiros/esposos, e agora vamos analisar a segunda situação.
(Se você não leu a postagem da parte 2a., é aconselhável que leia antes de prosseguir nesta postagem. Clique e leia a Parte 2a.)

Vamos relembrar a situação B.
“Certa mulher vai se encontrar com o marido no trabalho dele para saírem juntos, e encontra-o já se despedindo dos colegas, pois já é fim de expediente. Uma das amigas dele o abraça, ajeita delicadamente o seu colarinho e deseja uma noite excelente, dando uma indiscreta piscadela. A esposa não gosta nada deste fato e fica com a cara fechada durante o encontro.”

Este é um bom exemplo da importância que tem o modo como interpretamos a situação.
Você já refletiu sobre o significado do comportamento desta amiga?

Qual seria a sua reação nesta situação? Vejamos as possibilidades:
 
1- Ação da Mulher:  Puxa o marido pelo braço e diz que ele já tem dona, levando-o irritada para fora da empresa.
Reação do Marido: Totalmente sem ação, vê que a possibilidade de um encontro romântico já era...
2- Ação da Mulher:  Tem um ataque de ciúmes e desconta a raiva no marido, sem revelar o motivo, ficando brava e não correspondendo a seus carinhos durante toda a noite.
Reação do Marido: Pensa que a irritação pode ser culpa da TPM, de uma unha que quebrou ou qualquer outra coisa que não lhe diz respeito. Dorme decepcionado.
3- Ação da Mulher: Logo após sair da empresa, diz ao marido que não entendeu bem o que a amiga quis dizer, e explica que não gostou da situação.  
Reação do Marido: Explica que ela é assim mesmo, e que eles têm uma amizade descontraída e bem humorada. A amiga fez apenas um comentário do tipo “esta noite promete!!”.
4- Ação da Mulher: Despede-se cordialmente dos colegas do marido e, depois, a sós, explica a ele o que sentiu durante aquele momento. Depois de ouvir o que ele tem a dizer a respeito, não toca mais no assunto e curte o encontro da melhor maneira possível.  
Reação do Marido: Diz que não é pra se preocupar, pois ele havia comentado que sairia com ela à noite, despertando brincadeiras dos colegas se referindo a como seria o encontro. E quando o papo dos amigos começou a entrar na intimidade dos dois, ele esclareceu que mudou de assunto.

Nem é necessário dizer que a interpretação da mulher nas primeiras duas situações foi totalmente diferente da situação real. Este exemplo diz muito sobre algumas das primeiras palavras da postagem anterior: “Na verdade, você não gosta é da sua visão do fato, e não do ele que realmente representa”.

Neste exemplo, fizemos menção ao ciúme da mulher e à interpretação errônea que ele pode causar, mas os homens também devem refletir sobre este assunto. E se fosse a situação inversa, com a mulher ganhando um abraço de um amigo?

Muitas vezes o ciúme e , no caso do homem, a “proteção excessiva do território”, faz com que as esposas ou esposos criem em sua mente uma situação que não existe, e o comportamento derivado deste pensamento pode ser desastroso, destruindo carreiras, amizades e até relacionamentos muito fortes.

É recomendável que você faça um exame detalhado de situações deste tipo para ter uma visão mais ampla de quais reações são justificadas por fatos palpáveis e quais são baseadas na pura imaginação.

Se a esposa não permite que o homem tenha amizades com mulheres, é porque ela enxerga indiscrição ou exagero dele ao demonstrar carinho, ou então porque o ciúme dela própria é exagerado.

Nas duas hipóteses, o mais aconselhável é que os dois conversem e cheguem num acordo a respeito do comportamento de ambos. Um abraço é perfeitamente aceitável entre dois bons amigos e nada mais é do que a prova de que eles se dão bem em sua convivência.

De uma forma geral, os hábitos que causarem incômodo podem ser esclarecidos numa boa conversa entre marido e mulher, e a abstenção do comportamento indesejável não deve ser encarado como um sacrifício muito grande, mas sim como algo que vale à pena fazer pelo bem do outro e de si mesmo.

Igualmente, se o marido não permite que a mulher tenha amigos, ou a proíbe de trabalhar fora de casa (caso ela assim deseje), ou impede que ela faça seus próprios planos no que se refere a estudos ou trabalho, ele está sufocando e limitando todas as possibilidades de realização de sua esposa.

O homem não deve comandar o relacionamento, mas o diálogo deve imperar em todas as situações. Ninguém é dono da vida de ninguém, e por mais que ele se empenhe em fazê-la feliz e dar tudo o que ela precisa, ela não se sentirá completa se não for capaz de construir sua própria história, contribuindo de alguma forma com a sociedade.

As pessoas precisam de contato com os outros. Não se consegue viver uma vida inteira convivendo apenas com o companheiro. A limitação arbitrada das relações termina por causar a insatisfação, tristeza, depressão e até outras doenças. Ninguém pode ser obrigado a desistir de seus sonhos por causa da vontade do outro, por mais que os dois se amem de verdade.

Se o casal chegar a um pensamento comum, e se verem que é melhor para os dois ela ficar em casa, tomar conta dos filhos, e os dois (principalmente a esposa) estiverem felizes com isso, então que seja!

Caso ambos concordem que uma roupa, ou uma atitude, deve ser trocada, ótimo! Mas que sejam conclusões discutidas e ponderadas para as duas partes. Nada de ficar fazendo pressão! E não é permitido insistir até que o outro desista de sua vontade em razão da inflexibilidade do parceiro. Não se pode suprimir os desejos das pessoas, pois assim - volto a dizer - você está matando uma parte dela.

Uma relação não deve também ser feita de cobranças, do tipo “ontem eu cedi, hoje cede você”. Cada qual deve ter em mente que o bem estar de um depende da felicidade do outro, e deve abrir mão do que for necessário para se continuar vivendo em harmonia.

Mesmo que você pense que está cedendo muito mais que o seu companheiro, lembre-se que numa relação bem-sucedida só há ganhadores, e se isso não estiver lhe causando danos, abrir mão de algo se torna um sacrifício muito pequeno se comparado com os benefícios presentes e futuros.

Outra coisa importante de ser dita, é que se você é um(a) esposo(a), significa que você está unido por uma ligação muito forte com alguém, e esta pessoa, dada a sua importância, merece no mínimo o seu respeito e consideração.

Desta forma, estando longe ou perto dela, você deve agir pensando na influência que seus atos têm em sua vida. Para se viver bem estando casado deve-se esquecer completamente o ditado que diz “o que os olhos não vêem o coração não sente”.

Não se deve reclamar da relação conjugal quando se está longe do(a) parceiro(a). E muito menos tomar atitudes que podem causar vergonha ou mágoa na relação. Um casamento é um relacionamento muito íntimo, e suas dificuldades devem ser discutidas entre os dois, e reveladas somente a quem eles acharem que seja importante, com a finalidade de conseguir ajuda ou conselhos.

Por fim, gostaria de ressaltar algumas das principais qualidades que contribuem para que a meta de felicidade seja alcançada:
- Fidelidade: A confiança é um sentimento que demora anos para ser conseguido, e apenas um segundo para ser completamente destruído.
- Lealdade: Estar presente na vida do outro e sentir a presença dele mesmo quando estiverem longe, e desta forma não tomar atitudes que possam causar mágoas ou decepções (não fazer nada "escondido").
- Bondade: Fazer coisas que deixem as pessoas confortáveis e felizes.
- Respeito: Não destruir a imagem ou o sentimento dos outros, seja na frente da pessoa ou mesmo por comentários com terceiros.
- Amor: Ter sempre em mente a felicidade do outro em todos os atos que praticar.
- Força de vontade: Fazer tudo pensando no que se quer alcançar na vida em comum, e abdicar das coisas que causam sofrimento a si mesmo ou ao outro.
- Companheirismo: Tomar atitudes que demonstrem que você está disposto a ser e fazer o outro feliz.

Estes são só pontos de partida. Cabe a cada um construir seu próprio caminho na busca da felicidade. Espero ter sido claro em minhas idéias, e que elas sejam uma pequena chama que ajudará a iluminar este caminho.

Acredite no seu potencial! E acredite que vale a pena buscar a felicidade, pois a própria busca tem em si suas recompensas!

Fiquem com Deus, e cuidem bem de suas (seus) esposas (os)! É o que eu peço de coração!

Até a semana que vem!